segunda-feira, 16 de março de 2015

Voo Varig 797

voo Varig 797 foi um voo feito por um Boeing 707 entre Abidjan, na Costa do Marfim e o Rio de Janeiro. Seria o último voo feito por aquela aeronave na Varig.
O avião decolou do aeroporto Port Bouet na madrugada de 3 de janeiro de 1987 e cerca de 20 minutos depois, a cerca de 200 km de Abidjan, soou o alarme de fogo no motor nº 1. Um dia antes, o mesmo alarme havia soado e a equipe de mecânicos da Air Afrique (companhia que fazia manutenção para a Varig) havia constatado que se tratava de um alarme falso. Mesmo assim, o comandante, Júlio César Carneiro Corrêa, decide retornar a Abidjan. O engenheiro de voo, Eugênio Cardoso, nota que a temperatura do combustível no motor está muito alta e, em seguida, o comandante o desliga por precaução.3
O engenheiro de voo constata que há um vazamento de combustível, mas a tripulação não toca no assunto por minutos. Logo depois, um comissário de bordo entra na cabine e diz que um passageiro viu fogo em um dos motores. Minutos depois, o avião já sobrevoa Abidjan. A torre do aeroporto oferece a pista 03 para pousar o 707, mas o comandante decide pousar na pista 21, que, apesar de exigir uma manobra maior para o pouso, possui instrumentos de aproximação. Ele decidiu voar sem flaps e sem baixar os trens de pouso, provavelmente devido à diferença de potência entre os dois lados causada pelo desligamento do motor nº 1. Com os flaps recolhidos, o avião precisa permanecer em maior velocidade para que não haja estol.3
O alarme de estol soa na cabine, devido ao fato do avião fazer uma curva para a esquerda para que possa pousar na cabeceira 21 do aeroporto. É justamente o lado em que o avião possui menor sustentação. A aeronave inclina rapidamente para a esquerda e, após se curvar mais de 90 graus, voando a cerca de 400 km/h, cai e explode cerca de 18 km a nordeste de Abidjan.3 De imediato, 2 passageiros sobrevivem ao impacto e à explosão. Um deles, o professor da Universidade da Costa do Marfim Neuba Yessoh escapou quase ileso, com queimaduras em menos de 20% do corpo. O outro, o britânico Ahmad Wansa, gravemente ferido, acabou morrendo 4 dias depois a bordo de um avião, quando se dirigia a Paris para tratamento.

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