Um Fokker-100 da TAM derrapou ontem às 8h44 ao aterrissar no aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio.
No pouso, a aeronave derrapou na pista e foi parar no gramado ao lado, a cerca de 100 m da baía da Guanabara, onde estacionou com a asa esquerda encostada no chão e o trem de pouso traseiro do mesmo lado quebrado. Não houve feridos.
O vôo 904, que saiu de São Paulo às 7h50, transcorreu normalmente, segundo os passageiros, até a aterrissagem.
Segundo o DAC (Departamento de Aviação Civil), órgão fiscalizador do setor, havia 106 pessoas a bordo -101 passageiros e 5 tripulantes. A TAM informou que os passageiros eram 107.
O DAC classificou o episódio de "incidente grave" e informou que não há registros anteriores sobre incidentes ou acidentes com a mesma aeronave.
Em nota oficial divulgada na tarde de ontem, o DAC diz que "houve fratura do trem de pouso esquerdo, seguida de perda do controle direcional da aeronave e a consequente saída da pista pela lateral esquerda".
A perícia sobre os motivos do incidente está sendo conduzida pela Divisão de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, do DAC, e pela empresa. A caixa-preta do avião, com a gravação das conversas do piloto com a torre de comando do aeroporto, deve ser ouvida hoje.
Os passageiros desembarcaram do avião normalmente, com o auxílio da equipe de emergência do Santos Dumont, composta por 80 pessoas, incluindo bombeiros. Dois ou três passageiros saíram pela porta emergencial traseira, segundo a TAM. A Infraero, que administra o aeroporto, informou que a equipe de emergência passou por uma simulação um mês antes.
Alguns passageiros estranharam o fato de não ter sido usado escorregador para descer do avião, mas a TAM informou que a aeronave estava fora de perigo.
O aeroporto suspendeu pousos e decolagens por cerca de meia hora, voltando a operar às 9h15, usando a pista auxiliar. No intervalo, três aviões -um da Rio Sul e dois da Vasp- que esperavam autorização para aterrissar foram desviados para o Aeroporto Internacional Tom Jobim.
Os passageiros criticaram o atendimento em terra por parte da TAM e a demora na liberação da bagagem, que só saiu do avião por volta das 12h. Segundo a empresa, as bagagens não puderam ser retiradas antes porque a porta de acesso ao compartimento estava encostada no chão.
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